Lívia (Suzy Lopes)
Lívia e Urbano (Suzy Lopes e Sergio Mota)
Eu tinha 15 anos e estava em casa ouvindo Legião Urbana, aí minha mãe chegou em casa e falou: "Suzinha, eu fiz tua matricula no curso de teatro do Espaço Cultural!" Na hora eu perguntei: Curso de quê?. Eu não entendia porque que minha tinha me matriculado em um curso de teatro sem nem me perguntar se eu queria fazer. Tudo bem que eu já tinha feito ballet e aerobica no Theatro Santa Roza. Mas nunca tinha pensado em ser artísta, queria ser psicologa! Queria entender as pessoas! Só eu na minha santa inscência iria ter essa pretensão de entender as pessoas. Aí quando fui deitar naquela noite fiquei lembrando que quando eu era criança vivia metida com essas "coisas de teatro e imitação". Na escola, na igreja, fiz parte ainda criança do FEBENshow, um grupo de dublagem para ajudar a FebenCe (Uma instituíção que dava assistência a menores). Inventava apresentações em tudo que ia ter, jantar de familia e tal, armei um circo uma vez no quintal da minha avó com a lona de lençois (Atividade que me gerou muita bronca da D. Maria, minha vó). Em fim, sem me interrogar muito, fui para o tal curso no Espaço Cultural, e em pouco tempo eu compreendi porque minha mãe tinha me matriculado naquele curso, simplesmente ela entendeu antes de mim a minha a minha profissão. Ela, a minha mãe, a D. Sofia, me conhece muito (o que sempre me deu muito trabalho...rs). Eu sei que sem que eu percebesse, eu já estava apaixonada por todo aquele universo que eu estava decobrindo, os exercícios, as vivências, as convivências, os professores e suas conversas que nem sempre eu entendia, o convivio com aqueles seres diferentes de todos que eu já havia conhecido. Conheci muita gente legal e foi alí, naquele curso de Formação de Ator no Espaço Cultural em que tudo começou. Tive aula com Mosquito, Jandaciara, Fátima Pessoa, Rubéns Teixeira, Plínio Sergio, Roberto Cartaxo, me desculpe se eu esqueci o nome de alguém, é que fazem 17 anos! (rs)
Eu ia tão empolgada praquelas aulas, parecia que não tinha mais nada de melhor pra fazer na vida. Ficava em casa, já não mais só ouvindo Legião, e sim lendo aqueles textos tão complicados e complexos que os professores davam pra gente ler em casa, tudo era tão complicado, e depois foi ficando mais. E ainda hoje é complicado...
Eu ia tão empolgada praquelas aulas, parecia que não tinha mais nada de melhor pra fazer na vida. Ficava em casa, já não mais só ouvindo Legião, e sim lendo aqueles textos tão complicados e complexos que os professores davam pra gente ler em casa, tudo era tão complicado, e depois foi ficando mais. E ainda hoje é complicado...
O ano era 1995. A primeira parte do curso eram as aulas de expressão corporal, improvisação, preparação vocal, interpretação de texto e maquiagem. A segunda parte seria a montagem do espetáculo.
Lemos junto com Roberto Cartaxo que seria o diretor do espetáculo, muitos textos, e decidimos por "Vento no Amanhecer em Macambira" de José Condé, adaptado por Roberto Vignati. A peça tratava do amor, desolação e delírio de Urbano que buscava voltar para os braços de Lívia, uma mulher que bailava em sua mente. A peça tratava de coisas que eu com meus singelos 15 anos ainda não compreendia, não fazia parte do meu adolescente mundo, mas eu me esforçava muito para compreender todos os sentimentos dos personagens, não só o da Lívia que eu interpretava, mas de todos que com ela contracenava. E Lívia era algo muito sublime, era um sonho bonito interpreta-la. Ela dançava. Como era leve! E eu nem gozei de toda sua beleza, hoje faria muito diferente do que fiz, mas valeu demais fazê-la.
E a peça era outro universo muito dificil e distante de mim, pois Roberto Cartaxo usava uma linguagem absolutamente futurista para tratar aquele campo regionalizado. Uma peça cheia de efeitos sonoros e visuais. Que vai ficar para sempre em minha memória.
Valeu muito Roberto, muito obrigada por tudo que vivemos! Como foi importante para mim este processo. E neste processo eu conheci figuras que estão até hoje na minha vida de uma forma ou de outra, mas nele eu encontrei uma grande amiga, que apesar de morar no Rio de Janeiro, mas que tem grande responsabilidade em tudo que busquei depois, é Iana, é com você mesmo que eu estou falando! Valeu amiga por tudo, alías, vale tudo ainda!
E a peça era outro universo muito dificil e distante de mim, pois Roberto Cartaxo usava uma linguagem absolutamente futurista para tratar aquele campo regionalizado. Uma peça cheia de efeitos sonoros e visuais. Que vai ficar para sempre em minha memória.
Valeu muito Roberto, muito obrigada por tudo que vivemos! Como foi importante para mim este processo. E neste processo eu conheci figuras que estão até hoje na minha vida de uma forma ou de outra, mas nele eu encontrei uma grande amiga, que apesar de morar no Rio de Janeiro, mas que tem grande responsabilidade em tudo que busquei depois, é Iana, é com você mesmo que eu estou falando! Valeu amiga por tudo, alías, vale tudo ainda!
FICHA TÉCNICA:
Texto: José Condé
Adaptação: Roberto Vignati
Direção: Roberto Cartaxo
Elenco: Ailma Alves, Alexandre Villas, Amaury Cortes, Antônio dos Santos, Artur Leonardo, Fábio Costa
Moreira, Gilma Farias, Iana Marinho, Joseane Camelo, Lidiane Albuquerque, Suzy Lopes, Sergio
Mota, Verônica Albuquerque, Vivian Corrêa.
Sonoplastia: Fábio Moreira
Coreografia: Plínio Sergio
Cenográfia: Roberto Cartaxo e o Grupo
Iluminação: Roberto Cartaxo e Fabiano Diniz
Maquiagem: Jandaciára Gíssi
Cartaz: Sérgio Mota
5 comentários:
Eu não acredito em Deus, mas que dom é uma parada divina, isso é! rs
uma peça inefável. trabalhei na primeira montagem.
Tu quer me matar do coração, mulher? Só pode!!! Tô sem palavras no momento, mas não economizo nas que ainda me vêm. Somos da mesma ninhada e isso me dá um orgulho ímpar que sei que você também tem, e na mesma medida. Desde as risadas gostosas e o companheirismo nos bastidores e vida afora até o cheiro inesquecível adocicado da fumaça que saía daquela máquina, com som sibilante de serpente no palco antes de as cortinas (que diga-se de passagem, eram imensos portais para outros mundos) se abrirem, tenho imenso amor e respeito e reverencio quantas vezes forem necessárias todo o desenrolar deste processo. Obrigada, Rata Branca! Eu, Iana Cavalo Azul-Marinho, fiquei deveras emocionada com esta recordação tão linda! Te amo do umbigo, das entranhas do Espaço Cultural, dos corredores subterrâneos da Escola de Dança e do Teatro de Arena, onde fomos geradas, sob as bênçãos de Baco e de São Genésio! Amém!
Saudades de vc, querida... feliz em saber que Legião Urbana tb moldou a bela princesa que você é... lembro de sua adolescencia no faclube de Legião em João Pessoa e nas viagens do fã-clube com a banda Omnia Vincit. òtimos tempos... Beijos e Força sempre! :)
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