Atriz? Sou! Sou? Quero, quem disse? Consigo? Comecei a fazer teatro como brincadeira ainda criança, de forma que não tenho a exata noção de quando comecei a faze-lo como profissão. Sei que é meu oficio, é a forma que eu descobri de me colocar no mundo pois é a arte que me faz tremar as pernas, me tira o sono, que me dá vontade de me revirar ao avesso. Este blog é para falar um pouco deste universo que é minha bandeira, meu estandarte.
domingo, 8 de março de 2009
O Amor
Amo-te tanto que nem preciso de você no te amar.
Amor sem fôrma ou forma.
Amor nos guardanapos que trago para casa,
nos meus bolsos pelos fins de noite.
Amor na minha mão me amando só.
Amor na hortelã do creme dental toda manhã.
Amor na catraca dos coletivos, quando passo.
Amor derramado nos copos.
Amor colado nas paredes lá de casa.
Amor refletido no sol dentro dos dias.
Amo-te tanto que nem preciso de você no te amar.
Amor nas latas de lixo.
Amor nos muros que picho sem pichar.
Amor nos olhos dos outros que nunca te viram.
E eu te mirando.
Amo-te tanto que tenho medo da tua presença.
Como seria você no tudo?
Quem seria eu?
Qual fronteira traçar entro nós?
Meu grande amor, amar é nó ou laço?
Cláudio Noah
Outubro de 2007
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