quinta-feira, 27 de março de 2008

Vereda da Salvação no Theatro Santa Roza

SANTA ROZA

Elenco vestido com figurino de ansiedade pela estréia de VEREDA DA SALVAÇÃO no Theatro Santa Roza. ( e minha estréia também!)
Cedo o caminhão do ARMAZÉM PARAÍBA leva o cenário da UFPB para o teatro. Figurinos nos camarins. Cenário no palco, Oswaldo e Galego lá agarrados. Eu e Suelen comprando jornais, Renata está de parabéns, fez uma ótima assessoria de imprensa, estamos em todos os jornais da cidade! Os telefones tocam. Tocam muito. E como tocam! Os conflitos, a vida, os desejos, medos, alegrias e tristezas próprias do fazer teatral dos atores e seus personagens. Os corações à mil, é hoje, faltam algumas horas apenas. Está todo mundo cuidando de uma banda para que o conjunto faça um bonito show. Galego o tempo todo acheita aqui e ali. Netto chega com um som pra descontrair, Isadora liga, está no mercado central comprando milho pra cena do Manuel e quer saber se eu quero que ela compre vinho pra depois da peça, (claro que quero!), a Christina chega. Ta calma ainda, Fabiano montando a luz, atores passando texto pelos cantos do teatro... Almoço e depois ensaio! A tarde toda de trabalho, a Paula também vem dar um força nas vozes... é claro que o público quando assiste o espetáculo à noite, nem imagina essa coisas todas. Mas está justamente aí a magia toda, na frente do público tão esperado e desejado, só há uma conexão com o mundo do teatro, que está no mundo da arte que é retrato, nem sempre colorido, do mundo da vida. Com nossas contingências, ansiedades, dúvidas, verdades pelos quais construímos os caminhos para a nossa liberdade, realização e felicidade. O sol vai, a lua chega trazendo com ela o burburinho dos expectadores lá fora. Os nossos corpos estão quase mortos de tão vivos. Vamos, todos juntos vestir figurino, maquiar, aquecer a voz, o corpo e o espírito. O teatro estava lotado, entupetado, como eu nunca vi antes. Minha mãe falou que lá fora estava quase tendo briga por ingresso. Ficamos tão desesperados que entramos calmos demais no calmo. Perdemos o tempo da peça, que foi muito longa, alentada, devagar mesmo. Mas foi bom, nas palavras da diretora: “nem foi oito nem oitenta!” foi abaixo da nossa expectativa que vínhamos realizando ensaios maravilhosos. Mas estamos todos de parabéns! Nos entregamos, acreditamos e realizamos.
Que venha uma temporada no THEATRO SANTA ROZA então!

Suzy Lopes
13 de março de 2008

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