sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Ensaio...

mas para onde vão todos os "eu te amos"? todos os "casa comigo", não sei. só sei que eu não queria estar na pele de deus. nunca. vendo todas as pessoas questionarem sua lógica, sua lei. também não queria estar na minha péle, mas isso não vem ao caso. agora quero qualquer veneno antimonotonia, qualquer pão. menos pão dormido, porque o meu valor eu sei reconhecer ainda, no meio disso tudo! nada é por acaso, eu sei. mas por acaso eu pedi a verdade? não. eu não queria nunca mais ser acordado, porque tudo me parecia até então um sonho muito doce. sofrer de saudade me parecia doce, poético, lírico. agora sinto que estou sendo re-parido. sinto que parte de mim tá morrendo pra nascer um outro com um olhar, atento ao fato de que a primeira humildade que o ser humano deveria ter em primeiro lugar, na vida, era a consciência de ser única e simplesmente - vitalmente até, eu diria - um tubo processador de merda, já dizia a personagem de jabour em Eu Sei Que Vou Te Amar. sinto-me uma bomba-relógio. sinto-me distante de mim. sinto meus ombros acordarem tensos, não sinto fome, minha cabeça roda e meu humor oscila com a mesma abstração do coyote que, correndo atrás do papa-léguas, não vê o fim da linha e, antes de cair precipício abaixo, tem um tempinho que desafia newton para se despedir do expectador.a vida se repete. comportamentos se repetem. um beijo de língua em zeca baleiro por ter escrito em algum lugar um dia que "canções de amor se parecem porque não existe outro amor"!

...passando à limpo gavetas antigas
...11 de novembro de 2006

3 comentários:

Anônimo disse...

Queria estar perto de você pra te dar um abraço nesse momento de peso nos ombros.
Acender um insenço e por uma música bem calma... e sentarmos no chão do seu quarto e começarmos a conversar e a fazer arte para desopilarmos dessa vida tão estressante e confusa, mas boa de se viver, por seus momentos de felicidades que compençam os de tristeza.

Anônimo disse...

Queria estar perto de você pra te dar um abraço nesse momento de peso nos ombros.
Acender um incenso e por uma música bem calma... e sentarmos no chão do seu quarto e começarmos a conversar e a fazer arte para desopilarmos dessa vida tão estressante e confusa, mas boa de se viver, por seus momentos de felicidades que compensam os de tristeza.

Rômulo disse...

Não, não... A Re-Treta é Cultural, Múltipla e Ampla... A música foi apenas o ingrediente de inicial, ainda teremos muitos outros temperos para incrmentar esta receita soborosa chamada cultura...

Né?!